Hoje quero te convidar para batermos um papo sobre o seguinte tema: “As pessoas só te procuram quando precisam”.
Menina, se tu soubesse como isso já foi verdade na minha vida… Sabe burro de carga? Pois é, tipo eu. Mas tem sempre aquele momento que você finalmente acorda e pensa:
“Perae, eu sou obrigada?”.
Se esse momento chegou para você, bate aqui. Estamos juntas!
Se não chegou ainda, senta aí que é agora que vou te ajudar a acordar pra vida.
Vou te ensinar o método que utilizei para mudar 90% dessas situações. Já adianto que o final desse texto é essencial. Leia até lá, combinado?
Vem cá, as pessoas só te procuram quando precisam?
Eu tenho três perguntas a respeito para te fazer:
- Acontece com você?
- Se sim, você já está de saco cheio?
- Se sim, por que você permite?
Preciso dizer que lamento muito se você se encaixa nesse perfil.
Eu já vivi isso intensamente (e as vezes ainda acontece, confesso) e sei que é muito desagradável, e que nos sentimos como bobas da corte.
É amigo, é colega, é parente, é vizinho… Quando você menos espera, aparece alguém para abusar da sua boa vontade.
E dá mais raiva ainda quando é alguém que você nem lembrava mais que existia, e ressurge das cinzas porque precisa de um favorzinho seu… (ou uma “visitinha” sua né – no caso de ser um ficante).
Arrrrrrgh!
Mas a questão aqui não é aceitar o fato de que isso aconteceu/acontece/vai acontecer com todo mundo, mas sim te ajudar a entender que isso só existe porque você permite.
Sempre repito a máxima de que, em linhas gerais, as pessoas só fazem contigo o que você permite que elas façam.
E a partir do momento que você entende o que te leva a se humilhar sendo capacho dos outros, a se transformar em burro de carga que faz tudo, a ser a pessoa que supre a carência daquele safado, ou ainda ser a trouxa que trabalha de graça, é aí que as coisas começam a mudar.
Isso vale para qualquer tipo de abuso, inclusive nos relacionamentos!
E o segredo para mudar tudo isso não está na resposta, está na pergunta:
Por que você deixa que as pessoas te usem?
Você já se perguntou isso? E já respondeu francamente?
Quantas vezes você já repetiu frases como:
- Meu Deus como eu sou idiota! Juro que na próxima mando ele pastar!
- Quando é que vou deixar de ser burra?
- Essa é a última vez que faço favores praquela fulana;
- Eu quero ser a maior quenga dessa cidade se ainda ajudar ele…
- Acostumei mal, mas juro que nunca mais vou fazer trabalho de graça pra ela!
- Da próxima vez que ela vier com aquela cara de sonsa, vou dizer poucas e boas!
E tantas outras frases parecidas… E no final o que você faz? NADA!
Aliás, faz sim, você ajuda de novo!
Uma coisa é deixar que te usem quando precisam e simplesmente reclamar sozinha (ou para uma amiga), jurando que vai mudar as coisas na próxima vez.
Outra bem diferente é ser sincera consigo mesma, dizer as verdades que precisa ouvir, e AGIR!
Quando você se faz entender onde está errando, o que te impede de mudar, e usa essas informações a seu favor, você muda! Só não muda se não tiver um pingo de amor-próprio.
Foi assim comigo. E se a sua ficha não conseguiu cair sozinha, vou derrubá-la por você!
Aproveite e leia este artigo aqui, com passos práticos: Como parar de ser Trouxa
É por isso que as pessoas só te procuram quando precisam – e você deixa!
Seres humanos, em sua maioria, estão constantemente em busca de aprovação. Isso nos dá uma sensação de pertencimento, de aceitação, de fazer parte de um grupo.
Mulheres então… Nem se fala!
Crescemos com essa, digamos, imposição inconsciente. Ser aceita no grupo de amigos da escola, ser aceita na turminha da faculdade, ser aceita no trabalho…
Consequentemente damos muita importância ao que pensam de nós, à forma como nos interpretam, às ideias que formulam a nosso respeito.
Ter essa noção é importante, nos faz refletir sobre algumas atitudes necessárias à boa convivência em grupo.
Mas quando extrapola os limites da normalidade, e faz de você uma escrava pela aprovação alheia, é um problema – dos grandes!
Você sabe que as pessoas só te procuram quando precisam – e permite isso – porque tem medo do que elas vão pensar caso você recuse ou aja diferente do que elas esperam!
- E se me acharem chata? E se eles se chatearem comigo?
- E se pensarem que sou arrogante?
- E se eu parecer egoísta? E se isso parecer rude?
- E se eu estiver sendo orgulhosa demais?
- E se acharem que “só quero ser”?
- E se pensarem que não sou humilde?
- E se deduzirem que não quero ajudar?
- E se pensarem mal de mim?
E se… E se…
Essas não são as perguntas certas…
Quantas vezes você parou de pensar no que os outros acham ou sentem, e passou a pensar no que VOCÊ acha ou sente a respeito disso?
Quantas vezes perguntou se essas mesmas pessoas estariam lá, quando você precisar?
Quantas vezes você questionou porque fica tão irritada sempre que algo assim acontece?
Você não questionou nada disso, porque sua preocupação maior é no outro. No que ele vai pensar/sentir/entender a seu respeito, e não sobre como você se sente.
Quero que pare agora, pergunte para si mesma, e responda com honestidade!
“Eu não consigo dizer NÃO porque não quero que se chateiem comigo.
Eu sinto uma necessidade enorme de querer agradar todo mundo, e achar que consigo.
Me sinto muito mal quando alguém discute comigo por mal entendido.
Queria que todos gostassem de mim, me dessem importância.
Não me sinto importante, e tento compensar isso sendo prestativa, boazinha, e gentil com todos.
As poucas vezes em que neguei algo a alguém, me senti muito mal.
Era como se tivesse feito algo de errado, ou tivesse sendo egoísta.
Aliás, uma parte de mim é puro ego, e se glorifica por estar sendo útil, esperando aplausos em troca”.
Abra seu coração e coloque para fora!
Fale em voz alta e ouça o que está dizendo a si mesma, sobre si mesma!
Escute com muita atenção, e depois questione se faz sentido o que você disse.
Por que você acha que ser capacho dos outros te faz ser vista como importante? É justamente o contrário! Você perde valor quando age assim. As pessoas não respeitam quem não tem opinião e posicionamento.
De onde você acreditou que poderia agradar todo mundo, quando nem Jesus conseguiu!?
Por que negar algo a alguém te faz ser egoísta, quando você já fez tanto e se doou tanto?
Por que tem tanto medo de deixar as pessoas chateadas, quando muitas delas não se importam com o que você sente?
Questione todas as justificativas que você deu, até enxergar que elas não fazem sentido algum!
As pessoas te tratam como você se trata! Se você demonstra ser alguém sem valor, as pessoas te tratarão assim.
Quem gosta e se importa com você, vai precisar da sua ajuda, mas não vai te procurar apenas quando precisa. Vai também estar ao seu lado e estender a mão quando você precisar.
É recíproco! Pense nisso!
Meu conselho final…
Aqui no Blog sempre falamos das mulheres boazinhas, as bobinhas, que todo mundo usa e abusa porque elas deixam. Eu fui assim, e algumas vezes preciso ficar de olho para não ter recaídas.
Meu lado de querer ajudar sempre dá um jeito de me colocar em enrascadas. Dou a mão, e a pessoa quer o braço inteiro.
Nesses casos eu volto a conversar comigo, e me dou lições de moral.
Me obrigo a deixar de ser tola, a prestar atenção nas reais intenções da pessoa, a identificar quando querem abusar da minha boa vontade, e guardo essa imagem na mente.
Quando a pessoa volta achando que serei trouxa de novo, recordo a minha conversa mental, e digo NÃO. Associo isso com o método que contei neste artigo aqui: Como parar de ser Trouxa – vai lá ler.
Nem sempre é fácil. No começo você vai precisar dar justificativas, se explicar, mas permaneça no caminho até ter confiança o suficiente para dizer: “Não posso. Não quero. Não dá”, com plena convicção!
Garanto que a pessoa pode até se chatear contigo (afinal, vai perder a capacho), mas pessoas com alguma noção e bom senso, vão te admirar pela atitude de parar de ser boba!
Para encerrar, gostaria de te dizer algo…
Li um texto por aí falando para se sentir grata quando as pessoas usarem você, porque isso significa que elas só te procuram porque você é especial.
Isso é lindo, e com certeza é verdade. Mas o problema reside no momento em que SÓ te procuram em busca do que você tem a oferecer.
Acredite em mim: não será porque você é especial. Será pura malandragem!
Por que essas mesmas pessoas não vêm atrás de você sem a necessidade de algo? Entende?
O que quero dizer com tudo isso, é que nem todas as pessoas são boazinhas como você. Nem todas as pessoas têm bom caráter.
Não quero que você enxergue o mundo com olhos negativos, mas aprenda a perceber que existem pessoas que vão se aproximar de você apenas para sugar o que as interessa.
Não se sinta mal por achar isso sobre alguém. Na grande maioria das vezes será verdade, e as atitudes dela dirão isso!
Apenas fique esperta. Fique atenta às aberturas que dá, ao que oferece cegamente, aos maus hábitos que você cria nas pessoas estando sempre disponível…
Repito: As pessoas só fazem com você, o que você permite.
Mas me conta aí: Você já enfrentou/enfrenta algo assim? Ou conhece uma amiga bobinha que você tenta abrir os olhos e não consegue?
Aproveite e leia este artigo aqui: Como parar de ser Trouxa? Método para ser Respeitada.
Beijo, sua linda! :*
P.S.: Não deixe de acompanhar nossas redes sociais:
2 Comentários
Eu não me sinto querida por ninguém sabe? Eu trabalho em uma empresa grande, multinacional, sou uma das mais novas, mas tenho conhecimento suficiente para ajudar a todos de todos os cargos, e é isso que eu faço. Contudo, existe um programa de valorização dentro da empresa, em que os colaboradores falam positivamente de alguém através de um portal virtual, e depois é feita uma reunião com menção honrosa para quem foi elogiado e tal… mas pelo segundo ano consecutivo (tenho dois anos de empresa), ninguém nunca lembrou do meu nome… me sinto desvalorizada, esquecida…
Tambem sou aquele tipo de pessoa “boazinha”. Isso é péssimo, não é legal. Claro, a gente quer ajudar, quer ser prestativa, mas algumas vezes é demais. Como você comentou Thalita: “você dá a mão e já querem o braço”. Tô aprendendo a lidar com isso, dizer alguns “nãos”. A sensação é libertadora.